Pré-festa.

Lúcia estava introspectiva pelo que tinha acabado de ver: o porta-jóias ainda entreaberto denotava o segundo roubo em menos de duas semanas. Sentada na sua cama, a contadora refletia profundamente acerca da atitude que ela deveria tomar a fim de solucionar esse problema quando, então, ouviu passos em sua direção. Era Simone, vizinha de anos, que entrara em sua casa para apressa-la:
- Acabei de encher as últimas bolas com a ajuda da Giovana e da Bia. A mesa já está posta; ou seja, tudo pronto! Vamos logo lá pra fora, Lúcia. Seria interessante que todos estivéssemos lá antes do casal chegar.
- Já vou. Só preciso de mais alguns minutos. Nem me perfumei e ainda tenho que terminar de ajeitar o cabelo.
- Uhm... Sempre tão chique, refinada. Essas suas colônias são maravilhosas. Posso usar um pouquinho? – perguntou e antes mesmo que a Lúcia pudesse responder, Simone borrifava o perfume em si e continuava falando – Seu namorado, o César, não vem?
- Certamente sim.
- Bem, Estou indo, amiga. E, por favor, seja breve!
Lúcia respondeu com um sorriso amarelo e Simone logo saiu. Definitivamente, ela não estava em clima de comemoração; contudo, soaria mal se ela não comparecesse à festa de recepção aos recém-casados Jorge e Tatiane.

(continua...)

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