É tempo de mudanças.

Está na moda dizer que o mundo mudou e isso não é de hoje. Ouve-se por todos os cantos (se é que ainda existem cantos num mundo mudado) que a Internet é a grande responsável por esta mudança toda.

Mas, cá entre nós, meu querido Lulu Santos já contava que "tudo muda o tempo todo no mundo" muito antes da banda larga chegar ao Brasil. Isso sem falar no lendário Raul Sexias e sua metamorfose mutante, digo, ambulante. Minha mãe, por exemplo, não cansa de mudar a posição do sofá da sala e o meu pai, o canal da TV. Minha irmã vive mudando a cor do cabelo, já o meu irmão, a namorada.

O blog aderiu a onda e também mudou.

Como o RaphaeLoGrande será daqui pra frente? Diferente.

Artigo do musical Avenida Q

O “Avenida Q” trata, sobretudo, da vida em sociedade e, portanto, das diversas relações humanas extremamente pitorescas. Sendo que, nesse musical da Broadway, o mundo é composto pela interação entre pessoas e bonecos, que vivem cenas inteligentes e repletas de humor politicamente incorreto. Abordando temáticas bem distantes do universo infantil como pornografia na internet, bebidas, questões sexuais, discriminação racial, etc., a peça não é, portanto, recomendada para crianças. Em dados momentos, há, inclusive, cenas de sexo explícito (entre bonecos, é claro!).
As cortinas abertas antes mesmo do início do espetáculo promovem no público uma enorme expectativa, visto que o cenário é bonito, grandioso e bastante detalhado. Quando o musical começa, o elenco muito bem afinado (com uma exímia interpretação vocal e expressões corporais certeiras) consegue transmitir vida às marionetes de uma maneira inédita. A bela iluminação, por sua vez, através de uma vasta variedade de cores e estilos, facilita com que o espectador mantenha o foco naquilo que é desejado.
As duas horas e meia de peça passam num piscar de olhos tamanha a leveza e a irreverência da história e das músicas que foram muito bem adaptadas ao contexto brasileiro. Por isso, são raros os diálogos em que o texto apresenta-se distante da nossa realidade.
O enredo é sobre o rumo da vida do jovem Princeton, recém-formado e sem emprego, que, na busca por um aluguel barato, acaba encontrando moradia na Avenida Q. Lá moram o Rod e o Nick, os quais compartilham um quarto e vivem numa dinâmica acerca da sexualidade de Rod. Existe ainda a bela mosntrinha Kate, que é professora primária, e um louco casal formado por uma imigrante, a Japaneusa, e um comediante desempregado, o Brain. Não tem como esquecer também do hilário monstro Trekkie, dos bonitinhos ursinhos do mal, do atual zelador e exfamoso ator mirim Gary Coleman e, principalmente, da majestosa Lucy de Vassa, uma cantora promíscua que diz: “Culpa é para amadores!”
Pra quem quer dar boas risadas assistindo a uma comédia diferente dos saturados “stand ups comedies”, o musical Avenida Q é a escolha correta. Vale a pena conferir e aprender um pouco mais sobre a vida com esses bonecos divertidíssimos.

Epifania

Eu entrei na igreja, sentei no banco, olhei para o púpito e, então, eu era criança novamente:

"Não! Não construa sua casa na areia
Não! Não construa na beira do mar
Mesmo que pareça chique
È impossível que ela fique
A tempestade a vai derrubar

A rocha é o lugar de construir
Tem um alicerce forte
Que não vai cair
As tempestades vão e vem
Mas a paz de Cristo tu tens"


Voltei. Sentado, descobri que não construi nem casa nem nada.

Receita

Dizem que no fim tudo sempre dá certo. O fato é que no fim todos morrem. A morte é, pois, a maior garantia do sucesso.

Confessionário? Só no Big Brother.

Pode parecer insano ou, até mesmo, profano, mas religião agora tem tudo a ver com ciência. Desde que o Vaticano criou em 2000 o Gli scienziati della fede -comunidade científica formada por seminaristas católicos com o objetivo de desenvolver experimentos relacionados aos feitos da fé- o mundo encontra-se diante de uma iminente reviravolta espiritual. E, ao que parece, esse momento chegou.
A assessoria de imprensa do Estado do Vaticano acaba de revelar a mais nova invenção tecnológica mundial: o depuratore. Esse pequeno aparelho parecido com um celular passaria despercebido em meio aos tantos outros eletrônicos digitais já inventados se não tivesse a exótica função de ouvir as confissões dos fieis e atribuir-lhes, em seguida, as penitências e os conselhos necessários. Através de um sistema bem similar aos utilizados nas modernas empresas de atendimento ao consumidor, a máquina é programada para identificar por intermédio da fala do usuário os pecados cometidos e, então, responder ao mesmo da maneira mais adequada de acordo com os princípios do catolicismo. A recente criação do Gli scienziati della fede trata-se, na verdade, da substituição do tradicional confessionário por um instrumento portátil que cabe no bolso e utiliza a luz solar como fonte de energia.
Em uma entrevista coletiva, o padre e cientista italiano Giuseppe Trajani, responsável pela junta inventora desse equipamento, declarou que o advento do depuratore pode ser igualado em relevância para o Cristianismo ao famoso episódio ocorrido no Mar Vermelho. Ele explicou que a portabilidade característica desse acessório religioso facilita aos milhões de católicos espalhados pelo globo o exercício da confissão, contribuindo, assim, para o aumento na prática desse dogma tão importante dentro da fé católica.
Vale destacar que atribuir a uma máquina a responsabilidade de fazer julgamentos e manter segredo soa bastante conveniente numa época na qual ouvimos, com frequência, acusações de pedofilia e petições de reconhecimento de paternidade a padres em diversas regiões do planeta. Por isso, já há quem diga que o depuratore nada mais é senão uma manobra do Vaticano com o intuito de não perder seus seguidores diante de tantos escândalos ocasionados pela falibilidade do clero.
No momento, o aparelho só está disponível para os falantes do inglês, espanhol ou italiano. Contudo, até dezembro deste ano, o Vaticano promete produzir cerca de dezessete milhões de depuratores, funcionando em vinte e três idiomas diferentes.
Frente a tudo isso, será que poderíamos dizer que Fritz Lang no começo do século passado, involuntariamente, previra o destino da humanidade no filme Metrópolis? Estaríamos todos nós, num futuro próximo, subjugados a uma deusa eletrônica que nos exigirá servidão eterna? Fica, portanto, em aberto as inúmeras previsões as quais só o tempo poderá revelar.

Cheirinho doce

Sabe quando você sente cólica, sua frio, empalidece e perde a voluntariedade nas fibras dos membros, porquanto há no seu reto uma farta quantidade de bolo fecal à iminência de ser despejado do seu organismo pela cavidade anal?
Então, assim estou eu. Uma merda suculenta está na portinhola pronta pra sair. Continuo, contudo, quase que inutilmente me concentrando, contraindo, contorcendo... Morro de medo de ficar borrado! Esse cocô fede mais do que todos os outros já defecados. Caso sintam o cheiro...

AMANTE COM DIFERENCIAL

Sou moreno baixo, nem tão bonito ou sensual
Quero que você seja a solução do meu problema
Sou grosso, de baixo nível social

Inteligente e a sua meia disposição
Quero um relacionamento íntimo e discreto
Realizando todo o meu sonho sexual

Pro melhor tipo de transação
Com compromisso emocional e financeiro
O endereço mantido em segredo
Basta o celular pra comunicação

Amor sem preconceito
Sigilo parcial, sexo animal
Amante com diferencial

Amor sem preconceito
Sigilo parcial, sexo animal
Amante com diferencial
Amante com diferencial