Seria muito fácil se na vida vivêssemos uma problemática por vez. Ocorre que nossos conflitos emergem todos juntos, como uma sinfonia de bocejos.
Cá estou eu escrevendo sem parar a fim de desabafar, de aliviar do meu peito o peso dos fardos que carrego solitário por não ter com quem dividir em virtude da minha exacerbada ceticidade (se é que isso existe). E isso incomoda até o meu íntimo, visto que por muitas vezes estive à iminência de vencer, mas fraquejei por não crer.
E, se, erroneamente, rotulam-me frio, é porque tenho um grande coração de carne que pulsa por vida em meio a espinhos de dor. Assim, essa hemorragia interna torna escasso o sangue do meu semblante, proporcionando-me uma palidez repugnante que toma minha paciência.
Com os gerúndios do dia-a-dia, vou aprendendo que cada vez sei menos e eles arrastam-me ao fundo querendo consumir os pedaços que ainda restam de mim. A monotonia, o constante retrocesso ao erro acaba comigo (e ninguém sabe). Sou ator (e ninguém sabe)!
As dúvidas, as incertezas não me permitem prosseguir. Sem um posicionamento, uma tese a ser dissertada não há o que defender. Portanto, fico na inércia à espera do anjo que trará minhas bênçãos. Mas, sinceramente, não sei se ele virá.
Cá estou eu escrevendo sozinho porque a vida é uma só e de um só, coisa pouca demais até mesmo para o menor dos gigantes. Sem resposta, solução, entrego os pontos assumindo minha inferioridade à vida.
Minha pequinês!
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